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Claudia Leitte veste roupa pop no CD As Máscaras


Ícone da axé music, a cantora Claudia Leitte surge com pegada pop no segundo disco de sua carreira solo, As Máscaras. Após a estreia nas areias de Copacabana com um álbum ao vivo, ela volta ao estúdio para produzir minuciosamente cada faixa de seu novo trabalho.



.O esforço de produção é perceptível logo na abertura com As Máscaras, regada a efeitos sonoros digitalizados. A canção foi feita mais para as pistas de dança do que para a multidão que segue atrás dos trios elétricos, o que ficou evidente no último Carnaval do Rebolation.

A segunda faixa, o já hit Famo$.A., versão de Claudinha para Billionaire de Travie McCoy, consagra o intuito de um disco pop. A batida gostosa ganha personalidade com a versão da cantora que faz referências ao universo midiático brasileiro, que inclui o BBB e o sofá da Hebe.

E o axé ainda fica distante na guitarra que abre Trilhos Fortes, um reggae de pegada romântica no qual, em alguns momentos, a voz de Claudia lembra a de outra cantora da Bahia, Daniela Mercury.

A quarta faixa, Paixão, regravação do sucesso da dupla Kleiton & Kledir, é uma homenagem da cantora a seus tempos de barzinho. Com percussão valorizada, a música ganhou roupagem moderna e, apesar do exagero de efeitos, se mostra renovada.

Negou Nagô é a primeira canção do disco claramente pertencente à axé music. Nela, a cantora loira valoriza a ancestralidade negra de sua terra, na composição de Chiclete e Mikael Mutti.

Funk carioca escrito por Latino, Sincera recebe a percussão baiana de brinde, mas tem o refrão pegajoso típico das letras do compositor. A faixa de Latino abre a parte popularesca do álbum, na qual está inserida também Don Juan. Nela, Claudia faz dueto com Belo. A música parece ter sido feita sob encomenda para estourar nas FMs da vida.


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O que a Bahia produz de melhor atualmente no mundo musical dá as caras em Flores da Favela. A música pertence ao cantor baiano Jau, cria do Olodum, e foi bastante tocada em Salvador no último verão por conta da pirataria de um disco promocional do músico. A faixa ganha roupagem mais moderna e pop com Claudia, mas a versão de Jau ainda é, sem sombra de dúvidas, insuperável.

A "música pra pular brasileira" dá as caras em Água, de forte pegada percussiva para tirar a galera do chão. O mesmo se dá nas faixas seguintes: Xô Pirua, Ruas Encantadas, e Faz Um, esta última composta por Carlinhos Brown no clima pré-Copa. Infelizmente, a canção teve trajetória curta, já que a seleção de Dunga não fez o bonito que queríamos. Resta tentar reaproveitá-la em 2014.

Após o bloco de axé, o reggae Dum Dum vem para acalmar um pouco os ânimos e mostra que Claudia sempre se dá bem nesse nicho musical, desde os tempos que era a garotinha do Babado Novo.

O disco termina na introspectiva balada romântica Crime, a mais simples em termos de produção do disco: apenas violão e voz. A quem ouve fica clara a entrega emocionada da cantora à letra, mesmo em detrimento da técnica tão evidente no restante do disco produzido por Robson Nonato e dirigido artisticamente por Bruno Batista.

FONTE R7.COM